Filhos Criados para o Mundo, Mas Limitados por Si Mesmos: Como a Perfeição Pode Ser um Obstáculo para o Autoconhecimento
- Dhébora Gabrielly Borges
- 22 de dez de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de jan
O atual apresentador do BBB (Big Brother Brasil), Tadeu Schmidt, diz em uma entrevista "Eu acho que eu fui rigoroso de mais com minhas filhas, então eu criei duas meninas que são ótimas para o mundo, elas só vão fazer coisas boas para o mundo, elas nunca vão fazer uma coisa ruim para o mundo. Mas elas poderiam ser melhores para elas próprias, porque elas se cobram demais”.
Diante desse cenário, que gerou diversos comentários sobre adolescentes e jovens podemos perceber o quão comum isso é entre as famílias. Na verdade, vivemos numa sociedade que quase sempre apresenta esta imperfeição, onde a ideia é ser perfeito. A pressão para ser bem-sucedido, qualificado, admirado e perfeito começa cedo, às vezes até durante a infância.
Ocasionalmente, estas crianças são criadas com expectativas tão elevadas que as suas próprias identidades podem perder-se ao longo do caminho. Embora a ideia de perfeição seja aclamada principalmente como um valor, ela se transforma em um enorme obstáculo no caminho do autoconhecimento porque transforma as pessoas escravas de padrões externos, em vez de construir uma forma de se conhecerem de forma verdadeira e autêntica.
Perfeição como Ideal Externo
Desde cedo são bombardeados com mensagens que contam o que dá certo e torna tudo “perfeito” no que fazem. Seja na escola, nas redes sociais ou mesmo em casa, aumenta uma enorme pressão, forçando os limites da realização.
Na sua versão idealizada de si mesmas, muitas crianças acabam por criar as suas identidades com base no que os outros realmente esperam, em vez do que estão a tornar-se ou poderiam querer ser.
Esta luta contínua pelo eu perfeito impede que a auto-investigação seja real, na medida em que desvia a pessoa da investigação dos seus próprios sentimentos, limitações e desejos reais.
Em vez de aceitar os erros percebidos pela criança como partes inevitáveis do desenvolvimento da condição humana, eles poderiam ser interpretados como falhas que não podem ser toleradas, produzindo medo e ansiedade.
O preço a pagar pela perfeição
A busca pela perfeição pode gerar um paradoxo. O fato de o indivíduo tentar se esquivar de erros, fracassos ou mesmo críticas a si mesmo acaba levando a um processo de auto-sabotagem, no qual ele se torna muito crítico e incapaz de aceitar sua humanidade. Filhos criados para o mundo
A possibilidade de não se submeter ao conjunto de expectativas pode ser verdadeiramente paralisante para uma pessoa que não se conhece suficientemente.
Sobre a autora

Dhébora Gabrielly Borges dos Santos é uma jovem talentosa e inspiradora de 14 anos, estudante do Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) de Aplicação. Sua paixão por comunicação e escrita tem se destacado tanto no ambiente escolar quanto em suas iniciativas independentes.
Apresentadora do podcast "Liderança em Ação" e repórter da Web Rádio CEPI de Aplicação, Dhébora demonstra habilidades excepcionais em liderança e engajamento, abordando temas relevantes e promovendo diálogos enriquecedores. Sua presença marcante no podcast reflete sua dedicação em fomentar discussões que impactam positivamente a comunidade escolar e além.
Além disso, Dhébora é uma das mente criativa por trás do blog webradiocepideaplicacao.blog, onde compartilha seus textos autorais com profundidade e sensibilidade. Como escritora, ela traduz experiências e reflexões em palavras que inspiram, informam e despertam empatia, mostrando sua habilidade única de tocar o coração de seus leitores.
Dhébora é movida por um amor incondicional pela escrita, que considera uma ferramenta poderosa para expressão e transformação. Seu compromisso com o aprendizado contínuo e sua busca por novos horizontes tornam-na uma promessa brilhante para o futuro.
Com uma visão clara de seu propósito e uma paixão genuína pelo que faz, Dhébora Gabrielly Borges dos Santos é um exemplo inspirador de como jovens podem usar seus talentos para construir narrativas que conectam, emocionam e transformam.
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